2018-10-15

A melhoria do clima económico, a redução do nível de alavancagem do sistema bancário e a redução do crédito malparado têm aliviado a pressão sobre os bancos para resolver o problema do crédito malparado. Contudo, a redução do crédito vencido poderá revelar-se essencial para enfrentar a próxima crise económica.

Hoje, sete anos após a entrada da troika em Portugal e quatro anos depois do fim do programa de ajustamento, o volume do crédito vencido continua elevado, não obstante a sua redução nominal e em percentagem do crédito concedido.

Como resposta à crise financeira de 2008 e das crises soberanas na Grécia, Irlanda, Portugal e Chipre, as autoridades bancárias europeias passaram a realizar testes de «stress» cada vez mais exigentes e a impor o reforço dos fundos próprios dos bancos e a contribuição de acionistas e credores comuns para a recapitalização dos bancos cujo desequilíbrio justifica a intervenção dos reguladores.

Contudo, os mecanismos de resolução em vigor não respondem às situações menos críticas, anteriores à situação de insolvência ou pré-insolvência (em que o desequilíbrio resulta de dificuldades em proceder à alienação de ativos problemáticos) que se podem tornar mais graves se puserem em causa a confiança dos depositantes e a liquidez das instituições bancárias. Por isso, os níveis do crédito vencido em Portugal, principalmente o crédito empresarial, mantêm-se elevados acumulando-se nos balanços dos bancos e em veículos indiretamente por eles controlados.

Neste relatório analisamos os principais indicadores relativos ao crédito bancário vencido e os passos dados pelas autoridades com vista à  sua redução.

Leia o nosso relatório aqui

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